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Palavra do Comodoro ABVO 2018
A mais tradicional regata oceânica da vela brasileira nasceu em 1951. Poucos anos adiante, exatamente em 5 de janeiro de 1955, foi criada a Associação Brasileira de Veleiros de Oceano (ABVO), uma vez que os velejadores daquela época já identificavam a necessidade da existência de entidade que organizasse as competições envolvendo veleiros com características diferentes, mas que pudessem ser equalizados e comparados sob regras e medições buscando rigorosa justiça de resultados.
Diversos e destacados nomes passaram pela direção da ABVO, desde os pioneiros Fernando José Pimentel Duarte, Mário Simões, José Roberto Braile, e, mais recentemente, Lars Grael e Paulo Freire, que conseguiram resgatar nos últimos anos a melhor estrutura desta associação que congrega, atualmente, cerca de uma centena de veleiros de oceano.
Não devemos perder de vista que as motivações que fizeram a ABVO nascer e hoje a fazem prosperar são, fundamentalmente, as mesmas daquele passado que já se torna distante.
Isto ocorre porque é essencial a busca incessante de modelos baseados em medições práticas e fórmulas matemáticas que tornem possível mensurar e amparar desempenhos de barcos diferentes, velejando em raias idênticas e em percursos pré estabelecidos. É dessa maneira que, nos dias atuais, a ABVO gerencia as principais regras de rating reconhecidas mundialmente, credenciando os veleiros que queiram participar de regatas oceânicas e ter seus resultados reconhecidos e homologados no cenário esportivo da vela nacional.
Portanto, diferentemente de veleiros monotipos padronizados, na vela oceânica encontraremos barcos com vários deslocamentos, medidas de construção diferenciadas e emprego de velas distintas no material de confecção, técnicas de construção e dimensões, mas que desejam competir entre si de forma correta e justa. Esse, podemos dizer, é o principal aspecto que justifica a existência de uma “agência reguladora” no processo de competição da vela de oceano, papel bem desempenhado pela ABVO, pois representa o órgão gestor dos veleiros de oceano com a outorga e chancela da CBVela.
Detalhando um pouco mais, a ABVO gerencia no Brasil as regras internacionais de rating, ORC e IRC, reconhecendo e promovendo as regras BRA RGS da Associação Brasileira de Velejadores da Classe, além da MOCRA para Multicascos e também a categoria de veleiros Clássicos da Associação Brasileira de Veleiros Clássicos (ABVClass).
Esperamos, assim, que todos os veleiros que navegam sob quaisquer que sejam as regras, se aliem, apoiem, participem e se associem à ABVO para que possamos, cada vez mais, fortalecer a Entidade que representa, sem exceção, aqueles que se sentem atraídos pelo mar, pela navegação, e pelo desafiador mundo da vela praticada em equipe e em pleno oceano.
Finalmente, como Comodoro em exercício, eleito em 2017 para o biênio em curso, registro minha intenção e compromisso aplicando esforços para dar continuidade e aprimorar os progressos recentes, contando, para isso, com a contribuição de equipe abnegada e competente que desde alguns anos tem feito trabalho admirável.
Bons Ventos e Mares Tranquilos!
Adalberto Casaes
Comodoro
Data: Release 23 de março de 2018
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